sexta-feira, 29 de junho de 2007

Gebrselassie... vai buscar!

Não é importante saber que liga de metais a compõe.
Não é importante saber a que lugar corresponde.
Não é importante saber em que modalidade foi ganha.
Não é importante mencionar que todos os meninos receberam uma semelhante.
É importante, sim, ver os seus olhos brilhantes reflectidos no dourado daquele círculo, e sentir, num abraço, a vitória maior... o sabor de ser igual no meio de tanta diferença; a magia de somar uma língua germânica à mais bonita das línguas latinas... e expressar-se em ambas sem receio de comentários jocosos; a conquista de um círculo de amigos, de amigas e... (bem, por consideração à senhorita Leonor, fiquemo-nos pelas amigas); os múltiplos convites para festas de aniversário, para eventos desportivos conjuntos, ou para encontros casuais de brincadeira em casa uns dos outros.
Se dúvidas tivesse em relação à capacidade de socialização das crianças, à sua capacidade de adaptação, e à coragem para enfrentar novos desafios (de envergonhar qualquer amadurecido adulto), todas se esfumaram neste ano lectivo que agora finda, e que tantas boas recordações nos deixa.

É importante que o veja tão feliz.

Não é importante saber quem estava mais orgulhoso... se o pai, se o filho.

Pedro e Alexandre no seu melhor (XIV)

11 de Junho de 2007

Pedro, depois de contar que se havia ferido no cotovelo durante o recreio na escola:

PEDRO:”Quando cheguei à sala mostrei à Ingrid.”
MÃE: “E o que é que ela disse?”
PEDRO: “Nada, ela queria infectar isto, mas eu depois disse-lhe que a outra professora já tinha infectado lá no parque.”

Pedro e Alexandre no seu melhor (XIII)

3 de Junho de 2007

Alexandre, ao acordar, no seguimento de uma conversa acerca da qual a mãe não se lembra do conteúdo, porque estava a dormir…

ALEXANDRE: “….e depois dizemos ao pai também uma coisa com muita gravidez, que foi esta ferida que eu fiz aqui!”

Pedro e Alexandre no seu melhor (XII)

20 de Maio de 2007

Pedro e Alexandre, sentados à mesa antes de iniciarem o lanche. Alexandre, de braços cruzados, olhar fixo no irmão e voz bastante grave (imitando os progenitores)…

ALEXANDRE: “Então, vamos conversar sobre a asneira?”
PEDRO (De olhar cabisbaixo, bastante teatral): “Sim…”
ALEXANDRE: “Então o que é que fizeste?”
PEDRO: “Fiz cócó e chichi nas cuecas, e a mãe zangou-se muito comigo.”
ALEXANDRE: “Porquê?”
PEDRO: “É que eu sou muito pequenino e descuidei-me…”
ALEXANDRE: “Sim, mas porquê?...”
(Fim de cena… pela chegada dos iogurtes e das bolachas.)

Pedro e Alexandre no seu melhor (XI)

10 de Maio de 2007

Pedro, olhando para um vaso com um molho de coentros completamente murchos…

PEDRO: “Mãe, acho que as plantas que tu compraste para a gente comer, morreram!”
MÃE: “Não morreram, ainda dão para comer.”
PEDRO: “Então estão só desmaiadas!”

Pedro e Alexandre no seu melhor (X)

8 de Maio de 2007

Pedro e Alexandre, durante o jantar, a relembrar a visita a Paris…

PEDRO: “Alexandre, mas porque é que tu estás sempre cansado, nunca queres andar e queres ir sempre no carrinho?”
ALEXANDRE: “Mas é que eu depois fico cansado!”
PEDRO: “Mas porque é que ficas sempre cansado?”
ALEXANDRE: “Não sei, acho que é porque eu tenho uma perna que está fundida!...”

Pedro e Alexandre no seu melhor (IX)

13 de Fevereiro de 2007

Pai e mãe, depois de inúmeras recomendações acerca do comportamento a adoptar depois de se deitar, advertem pela última vez o Alexandre de que não deve chamar ninguém depois das luzes serem apagadas, e descem as escadas em direcção à sala…
(Passam-se alguns minutos…)


ALEXANDRE (num chamamento abafado): “Mãe!!”
(A mãe sobe as escadas e entra no quarto)
MÃE: “Deves querer levar uma palmada, concerteza! Já são horas de estar a dormir e amanhã tens que ir para a escola!
Afinal, porque é que chamaste?”
ALEXANDRE: “O Alexandre não te estava a chamar!”
MÃE: “Então estavas a chamar quem?”
ALEXANDRE: “Ninguém, o Alexandre só estava a dizer… Mãe!, Mãe!”

Pedro e Alexandre no seu melhor (VIII)

31 de Janeiro de 2007

Alexandre, depois de muita indecisão acerca da fruta a comer ao almoço (inicialmente pediu laranja, corrigindo posteriormente para banana), após as primeiras dentadas…

ALEXANDRE: “Mãe, eu só como esta parte, porque a outra não está boa.”
MÃE: “A banana está boa, vais comer tudo!”
ALEXANDRE: “Mas tem espinha, vês?”
MÃE: “Não tem espinha nenhuma!”
(Pausa de alguns segundos)
ALEXANDRE: “Mas o Alexandre queria laranja…”
(Mãe, com paciência de santa, repete toda a conversa para demonstrar que a última decisão tinha sido banana.)
ALEXANDRE: “Mas o Alexandre disse que queria laranja, queres ver?”
ALEXANDRE (voltando-se para a cozinha, encena a melhor representação possível de si próprio): “Quero laranja!”
ALEXANDRE: “Vês?”

Pedro e Alexandre no seu melhor (VII)

25 de Janeiro de 2007

Alexandre a mostrar os dotes de cantor, à mesa, durante o jantar…

MÃE: “Alexandre, não se canta à mesa!”
Orelhas moucas da parte do Alexandre…
PAI: “Alexandre, pára de cantar!”
Continua a cantoria, em voz baixa, com olhar de desafio para o pai…
PAI (a acompanhar uma palmada): “Eu disse-te para parares de cantar, não disse?”
ALEXANDRE (a choramingar): “Mas pai, eu estava a cantar baixinho para tentar parar!”

Pedro e Alexandre no seu melhor (VI)

22 de Janeiro de 2007

Pedro, no regresso da escola, a descrever as actividades da tarde…

PEDRO: “Hoje tive que usar os meus poderes com a Nina!”
PAI e MÃE (em uníssono): “Então filho, desentendeste-te com ela?”
PEDRO: “Ela estava a dar-me pontapés, enquanto estávamos a brincar no parque…”
PAI: “Mas, amanhã de manhã, podes tentar fazer as pazes com ela!”
PEDRO: “Eu tentei fazer as pazes com os olhos…”

Pedro e Alexandre no seu melhor (V)

21 de Janeiro de 2007

Pedro e Alexandre a jogarem ao jogo do “…e eu também!”, depois de um primeiro treino bem sucedido (do ponto de vista do pai, que os pôs a comer o burro)…

PAI: “Ia eu por ali abaixo!”
PEDRO E ALEXANDRE (em coro): “E eu também!”
PAI: “Encontrei um burro morto!”
ALEXANDRE: “Eu comi!”

Pedro e Alexandre no seu melhor (IV)


14 de Janeiro de 2007

Durante o jantar, em Hasselt (depois de verem durante a tarde “A Casa Fantasma”), a espetar o garfo num bocado de carne…

ALEXANDRE: “Anda para a minha boca, anda… não é a casa dos monstros!”

Pedro e Alexandre no seu melhor (III)

13 de Janeiro de 2007

Viagem de regresso de Geilenkirchen, à passagem por uma estação de lavagem de automóveis com um golfinho de néon à entrada…

PEDRO: “Olha ali um golfinho…”
Pausa de 10 segundos…
PEDRO: “Se calhar é um restaurante de comer golfinhos.”

Pedro e Alexandre no seu melhor (II)


11 de Janeiro de 2007

Pedro e Alexandre continuam a jogar à bola dentro de casa, depois de repreendidos pela mãe…

PAI: “Acho que a mãe já vos disse para não jogarem à bola dentro de casa!”
PEDRO: “Não, a mãe só disse:
- Mas que chutos são estes?”

Pedro e Alexandre no seu melhor (I)

11 de Janeiro de 2007

Pai a fazer palhaçadas ao Alexandre…

ALEXANDRE: “Estavas a brincar com o Alexandre!”
MÃE (a corrigir): “Estavas a brincar comigo.”
ALEXANDRE: “Não, estava a brincar com o pai!”

Pedro e Alexandre no seu melhor

A ideia de compilar as frases mais emblemáticas ou hilariantes dos nossos lagartinhos surgiu muito antes da concepcção deste blog. Por essa razão, estes primeiros textos reportar-se-ão a datas anteriores às da sua publicação. Quanto ao título escolhido - NO SEU MELHOR -, enquadra-se numa quase intemporal tradição familiar que, na sua génese, teve os dotes artísticos da tia Ana como pedra basilar.