Humor Luso

Na semana passada, o Pedro lembrou-se de contar, na escola, a única anedota que sabe:

Um Português, um Inglês e um Francês foram à caverna do Diabo. Quando chegaram, o Diabo disse-lhes que, a menos que conseguissem pedir um desejo que ele não conseguisse realizar, iriam imediatamente para o inferno.

O primeiro a formular o desejo foi o Inglês: "No meu país, há um relógio, o Big Ben, tão grande, que eu aposto que não o consegues pôr aqui na caverna. Por artes diabólicas: Plim, o Big Ben apareceu na caverna e o Inglês lá foi para o Inferno.

Depois, foi a vez do Francês: "Na minha terra há uma torre muito maior, a Torre Eiffel, que de certeza não consegues trazer aqui para dentro." Uma vez mais: Plim e o Francês lá foi fazer companhia ao Inglês.

Posto isto, o Português começa a pensar, a pensar; mas estava com tanto medo que se descuidou. Nessa altura teve uma ideia e disse: "Olha, vai lá atrás deste e pinta-o de amarelo!" E salvou-se porque o Diabo não conseguiu.

Surpreendida, perguntei-lhe em que língua tinha contado a anedota, e ele disse que teve de ser em português, pois não a sabia contar em holandês. Escusado será dizer que ninguém percebeu nada, e que tive de ser eu a contar a anedota à professora, para que ela a traduzisse aos meninos.

Hoje, disse-me que cantou a música do "Ti Zé da Horta", em holandês, ao Lars. Para quem não conhece:

O Ti Zé da Horta

foi aos agriões
a saltar à corda

perdeu os calções

Veio uma galinha

toda pintadinha

com uma faquinha

cortou-lhe a pilinha.

Conclusão: Não sei se fique orgulhosa pela evolução, se preocupada pela imagem que o povo lusitano está a deixar por estas bandas.

Estamos bem arranjados!

É relativamente frequente o Alexandre chegar a casa (vindo da escola), com histórias mirabolantes acerca de como se defendeu, batendo noutro(a) menino(a). Na semana passada, proclamava todo orgulhoso, que tinha dado um "toquezinho"ao Lenter, porque ele andava a fazer mal aos outros meninos. O Pedro, que normalmente ajuda, protege e defende o irmão (e está sempre presente, dando conta de tudo o que lhe acontece no recreio), perguntou, intrigado:

Pedro: "Tu viste-o fazer mal a algum menino?"
Alexandre: "Não, mas sei!"
Pedro: (insistente) "Mas, sabes como? Viste?"
Alexandre: "Não, mas ele faz sempre mal e, por isso, eu empurrei-o do escorrega! (e, virando-se para o pai) E ninguém se zangou comigo, porque ele foi fazer queixa a uma professora, mas eu escondi-me bem e ela não me viu!"

P.S.: Também não é raro chegar a casa e dizer: "Mãe, hoje só estive de castigo uma vez!" ou "Pai, hoje a professora só se zangou comigo uma vez!"

Balanço da semana verde

Segunda-feira:

Veio para casa todo contente, com esta "garrafa mágica", com "coisinhas que dançam lá dentro":

Terça-feira:

Trouxe este colar e explicou muito bem como é que o tinha feito. Estava visivelmente orgulhoso e feliz!

Quarta-feira:

Prova de alimentos verdes: levou kiwi e azeitonas (não sei o que os outros meninos levaram, mas sei que o Alexandre não tocou no kiwi e comeu a maior parte das azeitonas, que só foram tocadas por mais outra menina).

Quinta-feira:

Para finalizar o trabalho das cores, cada menino embelezou um palhacinho destes com as cores estudadas este mês:

Além disso, à hora do almoço, estava assim:

Sexta-feira:

Vão fazer a "Festa das Cores" e, por isso, passam o dia todo aqui (uma vez no site, clicar em faciliteiten).

Pedro e Alexandre no seu melhor (XXXII)

30 de Janeiro de 2008

À mesa, no final do almoço, a mãe bebia um café enquanto olhava distraída para a chuva que caía lá fora:

ALEXANDRE: "Mãe, tás a olhar para ontem?"

O Postal

Este ano, os meninos da sala do Pedro têm uma preparação exaustiva para a próxima etapa escolar: o 1º ano. Assim, ultimamente, andam às voltas com as letras, trabalhando, tanto quanto me é dado a perceber, em redor das palavras que começam com determinada letra:

1º dia: Letra S = Slang (cobra)
2º dia: Letra R = Radio
3º dia: Letra M = Moto

No dia do M, o Pedro trazia este postal para mim à hora do almoço. Disse-me que o tinha feito sozinho, e que a ideia tinha sido sua.

Embora já lhe tivéssemos ensinado a escrever "MÃE", calculo que se atrapalhou, talvez por causa da mistura das línguas.

No entanto, isso não interessa nada!

O que interessa, é que ele fez este postal LIINNDDDOOO para mim, e nele colocou todo o seu amor, empenho e dedicação.

O que interessa, além do postal em si, é aquilo que ele significa!

(Obrigada filho, a mãe também te ama muito!)

Hip, hip, hurra!!!

Três vivas ao Alexandre, que desde que aprendeu a andar de bicicleta (com rodinhas, é certo, porque até isso o deixava cansado e o impedia de tentar), que manifesta o desejo de ir para a escola, tal como o irmão, na sua bicicleta!

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Hoje fizémos-lhe a vontade e apesar da metereologia não ter ajudado, nem a chuva miudinha o impediu de chegar a casa feliz e orgulhoso (e nós também!).

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P.S.: Reparem no tamanho da bicicleta, associem-no aos 2 Km que nos separam da escola, e vejam a coragem do rapaz! (e olhem que até nem demorou assim tanto)

Ainda sobre o Azul.....

..... ele hoje veio da escola assim:

(com uma simpática nuvem e um sol, que além da bochecha lhe enchia o sorriso!)

Semana do Azul

Na sala do Alexandre andam (mais uma vez?!) a trabalhar as cores. Depois do vermelho e do amarelo, esta semana foi a semana do AZUL. O que significa, entre outras coisas, que os meninos e as meninas deviam ir vestidos de azul para a escola. Para além disso, nestas semanas das cores, há sempre um dia em que cada menino leva um alimento da cor que está a ser trabalhada, para que todas as crianças provem sabores de alimentos correspondentes à cor da semana. Ora bem.... está-se mesmo a ver....comida azul, comida azul,..... (os estrumpfes não se comem), comida azul... (não posso fazer um bolo e corá-lo de azul? Ná, isso não existe!), comida azul.....azul que se coma.....(Já sei, vou mandar Smarties!!). Ideia genial, não fosse ter descoberto (a duras penas) que cada embalagem de Smarties traz, em média, dois a três smarties azuis. Resultado:

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Dez caixas depois, lá consegui uma quantidade suficiente para que cada criança provasse um smartie e acabei por levar os outros para comerem no final, na Festa das Cores. Ufa!

Hoje....

....foi dia de brincadeira! O Maxime veio passar a tarde connosco e divertimos-nos muuiito! Houve tempo para jogar PlayStation, brincar, jogar às cartas, jogar ao jogo "Cobras e Escadas", "jogar à luta", pintar nos vidros e jogar PlayStation novamente (nesta parte, mães incluídas).

Difícil, difícil, foi tentar perceber as conversas de dois miúdos de 5 anos, cuja rapidez de articulação (do não nativo, obviamente) me deixou CHEIA DE ORGULHO (e de vergonha, porque ele tinha de traduzir tudo o que eu queria explicar ao amiguinho dele e vice-versa).

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P.S.: Sobre a vergonha em relação ao meu desempenho na PlayStation nem sequer falo (que os miúdos sejam MUITO melhores do que eu, vá lá, até admito, agora a outra mãe?! Bolas! Vou passar a treinar quando não estiver ninguém em casa....não há-de ser difícil acabar um jogo para maiores de 3 anos, não é?)

Pedro e Alexandre no seu melhor (XXXI)

19 de Janeiro de 2008

À mesa, a mãe diz que se sente adoentada:

PEDRO: "Mãe, dói-te a barriga?"

MÃE: "Sim, filho."
PEDRO: "E só tens vontade de estar deitada?"

MÃE: "É isso mesmo...."

PEDRO: (peremptório)"Deves ter hepatite!"

Convidado para o almoço

Hoje tivemos a honra de ter o João a almoçar connosco.

Não se assustem, não há nada de macabro neste post....passo a explicar:

O João veio cá para casa na altura do haloween, mas nunca foi tratado como um esqueleto assustador; pelo contrário, os miúdos brincam frequentemente com ele e, às vezes, tratam-no como se de um filho se tratasse. Hoje não foi excepção: fui "obrigada" a pôr a mesa para o João, e fiquei a saber que ele é filho do Pedro, tem 4 anos e é brasileiro. Espantada, perguntei como podia o "rapaz" ser brasileiro se o pai era português, ao que o Pedro respondeu: "Não sei, ele nasceu a falar assim: Olá, eu sou muito bom e A minha cabeça, né? (entoação brasileira)".

A refeição foi decorrendo sem que o João se esforçasse muito para comer, pois esteve a maior parte do tempo a olhar para o tecto (tive de usar algumas artimanhas para que os miúdos aceitassem o facto de não colocar efectivamente comida no prato do João). Passado algum tempo perguntei porque é que a criança não tinha pele e o "pai" colocou um ar trágico e explicou: "Ele é meu filho, mas um dia foi brincar para a rua sozinho, tropeçou e caíu, e depois foi atacado por um bicho que lhe comeu a pele e agora vai ficar sempre assim."

Pedro e Alexandre no seu melhor (XXX)

16 de Janeiro de 2008

Conversa com os meninos, ao jantar, a propósito de terem aberto a porta da rua à Berthe enquanto eu estava no banho. (O objectivo era que eles compreendessem, mais uma vez, que não podem abrir a porta sem a presença de um adulto, pois nunca se sabe quem vai estar do outro lado, e pode ser uma pessoa má e, blá, blá, blá.....)

PEDRO: "Mas depois se ele me quisesse levar eu dava-lhe um pontapé na pilinha com toda a força, que ele até desmaiava!"

MÃE: "E se fosse uma mulher?"

PEDRO: (com ar de DAH!!!!) "Oh mãe, mas mulheres são fracas!..."

As férias...

...chegaram ao fim, mas delas trouxemos um mar de recordações para nos banhar o coração nos próximos meses. Assim, houve:


1.Brincadeiras no avião:

(com direito a declarações, relativamente frequentes, bastante audíveis e suficientemente perceptíveis, do sr. Alexandre do tipo: "PFUUUU! Cheira mal! Dei um PUM!!!!!, acompanhadas de gestos como tapar o nariz ou abanar a mão em frente do mesmo).

2. Direito a acordar tarde quase todos os dias:

e a dormir loooonnnngaassss sestas:

3. Descobertas de novos sabores:

4. Encontros com o(a)s amigo(a)s:

5. Encontros imediatos:

6. Novos brinquedos:

7. Novas brincadeiras (criação de uma equipa de construção civil, com direito a mestre de obras, ajudante, ladrilhador e arquitecto):

8. Brincadeiras antigas:

9. Novos amigos:

10. Pais Natal:

11.Secas inevitáveis:

12. Festas de anos com cara no bolo:

13. Penteados inovadores(?):

14. Mergulhos de mar e de piscina:

E tantas, tantas outras coisas que por preguiça dos pais não foram registadas!!!!!!

Feliz Ano Novo!!!!

Estamos de volta! Com as baterias recarregadas e já cheinhos de saudades, pois se o desejo de voltar ao ninho era já premente, deste lado da Europa o conforto do ninho não nos consegue satisfazer plenamente. Resta-nos por isso, o bom humor (uma vez que a metereologia também não quer ajudar). Assim sendo, esperamos que a época festiva tenha sido preenchida de bons momentos e verdadeiras intenções e que o novo ano tenha começado, não apenas com o pé direito, mas com o alento de mais um (re)começo!