Sinto-me obrigado a intervir.
É verdade que os mocinhos não herdaram o gene do tio "que agora já está tão magrinho" mas, após o segundo jogo, realizado na fria noite de terça-feira passada, curvo-me perante o esforço e o empenho que o Pedro demonstra em cada acto futebolístico concreto (obviamente que não quando ocupa a ponta esquerda ou direita do banco).
Para que fique registado, num jogo contra meninos dois anos mais velhos, o Pedro jogou de igual para igual, sem receios nem temores (mais uma vez... não me peçam para avaliar a qualidade futebolística) e, num dos infelizmente vulgares momentos em que todos os espectadores se encarquilham, após o choque de tíbias, perónios e variadíssimos outros ossos (do qual desta vez lhe resultou uma nódoa negra de mais de três centímetros de diâmetro), ao contrário do outro menino que, talvez seguidor doutrinário de João Pinto e companhia, ficou estendido no relvado a lamentar, entre duas lágrimas, a pouca sorte... ou falta de jeito mútua, o Pedro levantou-se, coxeou dois passinhos... e continuou em seguida o jogo estoicamente, sem qualquer queixume.
No final, perguntei-lhe:
-"Filhote, não correu lá muito bem aquele choque com o menino... mostra lá a perna para o pai ver!"
PEDRO - (Após vislumbrar o hematoma) - "Doeu-me um bocadinho, pai... mas continuei... e não chorei!"
E eu fiquei a pensar, entre três olhares cúmplices de orgulho, que aquela observação mostrou ao irmão o que mil prelecções acerca da firmeza, espírito de sacrifício e carácter não alcançariam.
Um destes dias... acordo, e é um Homem!
...conhece-te a ti mesmo,
e a vitória
nunca está em causa...
SUN TZU
2 comentários:
A arte da guerra :)
beijinho primo Afonso. Gosto de te ler... mil beijinhos aos pecaninos e à mae mai linda
Não há "educação perfeita". Os pais, ou são bons educadores, ou não. Parabéns Afonso! Ainda bem que és o pai dos meus netos.
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