domingo, 18 de novembro de 2007

Ontem...


Fizemos uma Herfstwandeling (caminhada de Outono), organizada pela Associação de Pais da escola dos meninos. Confesso que estávamos um bocadinho apreensivos, porque não fazíamos a mínima ideia do que iria acontecer ou do que era esperado ou suposto fazermos. Para além disso, a temperatura de 1ºC com que saímos de casa, às 17.30, noite cerrada, fazia adivinhar algo não muito agradável. Pois... mas foi exactamente o contrário.

A caminhada consistia num percurso nas redondezas da escola. Partíamos em grupo, havendo um líder que ficava com as instruções e o mapa, e uma das crianças ficava com um pequeno pote. Depois de ouvidas as directivas do 1º mago (durante as quais estivemos, seguramente, a apanhar bonés), seguimos o trajecto e encontrámos uma fada, que explicou (tanto quanto conseguimos perceber) que o objectivo era encontrar ingredientes de uma poção mágica (ela tinha o primeiro). Depois, seguimos caminho até à escola das bruxas, onde tivemos o privilégio de assistir a uma aula, tendo recebido aí (além de gomas e rebuçados) outro dos ingredientes. A seguir, ouvimos os lamentos de uma rapariga que, segundo o que o Pedro nos explicou, estava a chorar porque o arco-íris tinha desaparecido e só a sua volta traria de novo os (já famosos) Kabouters. Aí recebemos uma moeda e continuámos a caminhar até pararmos num ponto onde simpáticos duendes serviam uma sopa quentinha, que nos deliciou junto à fogueira.

Porque o segundo grupo já se avistava, demos corda aos sapatos e continuámos até encontrarmos uma espécie de demónio que (uma vez mais de acordo com a tradução do Pedrocas) ameaçava as crianças de não poderem brincar mais e terem de reiniciar o percurso, mas agora do fim para o princípio. Ali estava também outra maga que, aparentemente, nos facilitou a vida e o percurso continuou até nos depararmos com um troll que jogava à bola com o seu mestre. Para nós, tínham um cogumelo mágico (não confundam as coisas, era mais um ingrediente para a poção) e a certeza de que tínhamos de nos despachar, agora até à "casa" de duas bruxas irmãs, que haviam encontrado um baú na floresta. Para o abrir, tínhamos de cantar e dançar uma canção (cuja letra estava toda "escrita" em desenhos, para que os mais pequeninos também pudessem cantar). O baú continha bolas de sabão e depois de mais uns rebuçados fizemos-nos ao caminho, dirigindo-nos à "Conferência dos Fantasmas", onde a tarefa era que uma das crianças mais velhas lesse uma mensagem, que, por estar escrita ao contrário, tinha de ser lida através do seu reflexo num espelho.

Porque o frio apertava e a missão ainda não estava concluída, encontrámos um gigante que ofereceu às crianças sumo e bolinhos, e aos crescidos um xiripiti, que nos aqueceu até à escola, onde éramos esperados por um último mago, que se fazia acompanhar de duas estátuas. Depois de entregues os ingredientes, as palavras mágicas foram proferidas por todo o grupo e o feitiço quebrou-se: as estátuas transformaram-se em humanos, tendo a cena sido finalizada com um romântico beijo!

Terminada a tarefa, restou-nos seguir o caminho iluminado por velas até ao interior do edifício, onde um presente (mais uma gulodice) esperava os meninos. Aí podíamos comprar as famosas frietjes e as não menos famosas frikandel, que, acompanhadas de uma bebida, serviram de jantar.

E foi assim, mais uma noite bem passada em terras do Rei Alberto.

P.S.: Pedimos desculpa pela má qualidade das fotos, mas esquecemos-nos de levar a máquina, pelo que todas as fotografias foram tiradas com o telemóvel.

1 comentário:

Anónimo disse...
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